sábado, 23 de novembro de 2013

Atividade "Energia Jovem!"

Figura 1 - Powerpoint da Atividade "Energia Jovem!"

        Bem-vindos novamente estimados leitores!

      Hoje irei novamente fazer referência a uma atividade desenvolvida por mim e pelos meus colegas no âmbito da educação para a saúde, denominada “Energia Jovem!”. Desta forma, foi-nos solicitada a realização de uma atividade de educação para a saúde para uma turma de 10º ano de uma Escola Secundária do Distrito de Beja, que contemplasse a temática das energias renováveis, à qual denomina-mos de “Energia Jovem!”, título este com um duplo significado, uma vez que consideramos que os jovens serão os grandes impulsionadores da sociedade no que diz respeito à consciencialização da população para o consumo irracional de recursos não renováveis que assistimos nos dias de hoje. Por outro lado, sendo as energias renováveis uma temática ainda nova em Portugal, ou seja algo ainda "jovem", consideramos urgente e necessário a aposta neste tipo de energias não só a nível nacional mas também internacional.

Figura 2 - Planeamento da Atividade "Energia Jovem!"

Figura 3 - Durante a apresentação da Atividade "Energia Jovem!"
Figura 4 - Demonstração do carro movido através de painéis solares

      A energia e as políticas ambientais são duas realidades indissociáveis, pois toda a produção e consumo de energia tem impactos ambientais. Embora em momentos de crise económica haja a tentação por parte dos decisores politicos em ignorar as questões ambientais. Eu penso que os desafios da produção e utilização dos recursos energéticos de forma sustentável, presevando o ambiente natural pode apresentar uma oportunidade de promoção do crescimento económico. Sou uma forte entusiasta da estratégia da promoção do crescimento económico, baseado na sustentabilidade e preservação do meio ambiente, mas para isso teremos de alterar alguns dos paradigmas que temos seguido especialmente no mundo ocidental, em que a lógica do crescimento económico baseado no uso intensivo da energia, descurando os impactos negativos sobre a sustentabilidade e o meio ambiente.
  Sou uma entusiasta da "Economia Verde", cuja filosofia, na minha opinião deve assentar na sustentabilidade dos recursos, eficiência energética, reciclagem, reutilização e preservação do meio ambiente. Esta nova economia impõe a utilização de novas tecnologias, algumas das quais já adquiriram a maturidade suficiente, e são hoje em dia utilizadas em larga escala e outras que estão ainda numa fase de experimentação, mas que espero que venham a ser implementadas comercialmente.
   A Diretiva Comunitária 2009/28/CE de 23 de Abril de 2009, relativa às energias renováveis, define objectivos ambiciosos para todos os estados membros, de modo a que em toda a União Europeia se possa atingir uma quota de 20% de energia proveniente de fontes renováveis até 2020, e uma quota de 10% de energia renovável para o setor dos transportes. Segundo as estatísticas da União Europeia em 2012 (EU energy figures- STATISTICAL  POCKETBOOK 2013) a realidade  na União Europeia no que respeita à quota de energias renováveis, no consumo total de energia, bem como a quota no setor dos transportes, está ilustrada nos gráfico seguintes:

Figura 5 - Quota de Energias Renonáveis, no consumo total de energia da União Europeia
Figura 6 - Quota de Energias Renováveis, no setor dos transportes da União Europeia
    Seguidamente irei abordar a realidade interna, em Portugal, no que se refere à utilização de energias renováveis. Assim sendo, basiei-me nas últimas estatísticas publicadas pela Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), no documento "Renováveis-Estatísticas Rápidas-Agosto 2013".


Figura 7 - Evolução da Energia produzida a partir de fontes de energias renováveis em Portugal
Figura 8 - Situação atual da produção de Energia elétrica a partir de fontes de energias renováveis em Portugal
Figura 9 - Produção de Energia elétrica a partir de fontes de energias renováveis por distrito em Portugal Continental no ano de 2012


    Após a análise dos gráficos apresentados, é possível verificar um aumento (nem sempre constante) da utilização de fontes de energias renováveis para a produção de energia, sendo que as fontes de energias renováveis que mais se destacam no nosso país são a energia hídrica, a energia eólica e a energia da biomassa/resíduos sólidos urbanos. Conclui-se também que desde o ano de 2012, tem havido um acréscimo na produção de energia elétrica a partir das fontes renováveis, crescimento este devido sobretudo ao aumento da produção de energia hídrica, eólica e da biomassa/resíduos sólidos urbanos.


      Relativamente à produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis por distrito em Portugal, os distritos de Coimbra, Viseu, Vila Real, Castelo Branco e Bragança constituem aqueles que mais energia elétrica produzem. Nos distritos de Viseu, Castelo Branco, Coimbra e Vila Real, a principal fonte de energia renovável utilizada, como se pode inferir, é a energia eólica; por outro lado nos distritos de Bragança, Braga e Beja, a fonte de energia renovável mais usada consiste na energia hídrica. No que diz respeito ao uso da energia proveniente da biomassa, os distritos que mais se destacam são Coimbra, Setúbal e Aveiro, uma particularidade consiste no fato de Beja ser o distrito do país que mais aproveitamento faz da energia fotovoltaica (energia solar), devido sobretudo à intalação de parques fotovoltaicos nas localidades de Brinches, Amareleja, Ferreira do Alentejo e Almodôvar.

    A título de curiosidade, apresento um documentário muito interessante que aborda a temática das energias renováveis, espero que gostem!



Fontes Bibliográficas:
- Diretiva Comunitária 2009/28/CE de 23 de Abril de 2009:
http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:2009:140:0016:0062:pt:PDF
- EU energy figures- STATISTICAL POCKETBOOK 2013:
http://ec.europa.eu/energy/publications/doc/2013_pocketbook.pdf
- Renováveis- Estatísticas Rápidas- Agosto 2013:

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